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Empreendedores do Reino: Agentes de Cooperação do Propósito de Deus para a Nação Brasileira

Empreendedores do Reino: Agentes de Cooperação do Propósito de Deus para a Nação Brasileira
Marcelo Souza
jan. 23 - 8 min de leitura
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A nação do Egito continuava prosperando economicamente depois das políticas implementadas por José. Apesar do Faraó nos dias de Moisés desconhecer quem era José, as políticas de um filho de Israel continuavam beneficiando aquela nação. Mas a visão sobre o propósito da prosperidade do Egito não eram mais as mesmas, por isso, os celeiros anteriormente construídos nas cidades para armazenarem recursos para alimentar as nações nos dias de fome, agora estavam se tornando cidades fortalezas, construídas para proteger a economia e manter segura as riquezas do Egito. Para preservar seu império, Faraó obrigava os hebreus a uma cota diária de produtividade (Ex 1), pois para o Egito estas cidades tinham um papel estratégico para o escoamento e armazenamento da produção visando a regulação de preços nas relações internacionais do Egito com outros povos.

Com José a finalidade da prosperidade era estender ao mundo a Providência Divina derramada sobre o Egito em favor das nações. Agora com Faraó, a prosperidade do Egito servia para sustento do seu império como uma potência mundial. A primeira visão de prosperidade era abençoadora, porque sua finalidade era a preservação da vida de todos os povos. A segunda era idólatra, porque era exclusiva para o Egito e  um símbolo de poder e veneração de grandeza, por isso as cidades se chamavam Pitom (homenagem ao deus Atum) e Ramessés (homenagem ao Faraó que era a representação do deus Rá).

Toda nação busca o crescimento econômico para se tornar uma grande potência mundial e isto não é diferente em termos do Brasil. Mas precisamos romper com a mentalidade materialista faraônica, pois estar entre as principais economias do mundo não significa grandeza no sentido essencial da palavra. A grandeza no sentido bíblico é proveniente do serviço ao outro e não das conquistas pessoais alcançadas (Lc 22.26). Landa Cope descortina isso de uma maneira muito clara ao confrontar um grande paradigma da quantidade x finalidade. Deus criou todas as coisas dentro de um ambiente produtivo e abençoou o homem para produzir, porém enquanto a mente do homem caído é voltada para o volume produzido visando aumento de impacto, a mente do homem regenerado é voltada para a finalidade do recurso, onde o impacto não está na quantidade, mas na aplicação do recurso segundo a diretrizes da Palavra de Deus. A fidelidade ao Senhor, é neste caso, o catalizador que promove o aumento da capacidade produtiva por causa do impacto promovido.

Assim como na justiça política, a ênfase da justiça econômica está no mais pobre dos pobres. Deus não direciona nossa atenção à mais alta classe econômica de um país ou ao valor da produção nacional, mas ao que essa produção causa ao que está nas classes mais baixas da sociedade. A questão não é se executivos recebem mais, mas se os trabalhadores estão recebendo o suficiente. A questão não é se existe desemprego, mas se podemos aumentar a quantidade de empregos. - Landa Cope

O desenvolvimento econômico de uma nação ocorre através de negócios, e nunca na história do Brasil se viu o que estamos presenciando nestes dias. Somos 44 milhões de empreendedores, e sem dúvidas, isto faz parte de um despertamento de Deus para nosso povo. Porém, precisamos compreender que a Igreja como agente legítima para o cumprimento da agenda de Deus na terra tem uma grande responsabilidade neste cenário. Sabemos que existem várias palavras proféticas sobre o Brasil, apontando-o como um país escolhido por Deus para se tornar uma nação celeiro para as outras nações. Mas esta expressão, dita inclusive por economistas e muitos outros, precisam ser apreciadas a partir de uma perspectiva correta, e isto depende do tipo de coração onde estas palavras estão sendo cultivadas.

Como Igreja precisamos nutrir a perspectiva dos celeiros nas cidades construídos por José e não das cidades celeiros construídas por Faraó. A prosperidade econômica que está predita sobre nossa nação não deve ser usurpada e consumida irresponsavelmente. Não podemos repetir os erros da comunidade de Roma, que prosperou economicamente, conquistou poder e influência sobre os governos, e mesmo tendo grande atuação social nas nações mais pobres, vive perdida em si mesmo e escrava da sua tradição. Devemos nos lembrar que a Igreja Messiânica é edifica pelo Cristo e empoderada pelo Espírito para servir em amor e investir tudo o que tem visando o cumprimento do desígnio de Deus de acordo com sua agenda para as nações (Mt 13.45-46). Para isto, como empreendedores cristãos, precisamos nos tornar em Deus um tipo de gente capacitada pelo Espírito para administrar segundo a Legislação Bíblica, os recursos que produzirão frutos de justiça nas próximas gerações.

Os diáconos eram treinados para encontrar soluções de longo prazo para a pobreza - re-educação profissional, moradia temporária, ferramentas para estabelecer um negócio. - Bob Moffit

O termo διακονεω (diakoneo) significa um servo ministro que fornece os recursos necessários para vida, não apenas naquilo que é preciso para hoje, mas tendo em  vista a sustentabilidade para continuidade da vida. A base da diaconia é o serviço e cuidado com o pobre, com a viúva, com o estrangeiro, com o órfão, ou seja com todos aqueles que estão em situação de extrema vulnerabilidade. Os diáconos não eram apenas homens que sabiam como administrar os recursos, mas eram cheios do Espírito e de Sabedoria para estender a realidade da mesa de Cristo para aqueles que estavam sendo negligenciados naqueles dias. Deus levantou aqueles diáconos não apenas para prover o pão como uma ação social, mas para manifestar a todos, no poder do Espírito, a realidade do Pão da Vida que desceu do céu. Eram agentes de justiça de Deus, pois mantinham o fluxo contínuo de generosidade compartilhando e investindo no que Deus estava semeando naquele tempo. Os diáconos, assim como José no Egito, eram o despenseiros das dádivas de Deus em seu tempo, e nós como empreendedores na atualidade, precisamos nutrir o mesmo tipo de coração e atitude.

Focar no crescimento do nosso negócio e fechar os olhos para a injustiça praticada contra aqueles com os quais as condições de vida digna estão sendo negligenciadas a nossa volta, revela o quão secular somos e o quão mundanos são nossos negócios. 

Por isso, a voz profética precisa ser ouvida nos ambientes de negócios, e por causa disto, oramos, para que mediante a consciência de que somos sacerdotes que atuam na esfera dos negócios, nos lembremos constantemente da responsabilidade que temos diante das pessoas em vulnerabilidade perante Deus. Oramos para que os corações dos empreendedores cristãos estejam adequados para este serviço fundamental dentro da agenda de Deus para nosso país. Mais do que movimentarmos a economia brasileira, precisamos ocupar uma posição de intercessão sacerdotal dentro de uma agenda geracional, atuando hoje na construção de negócios abençoadores para todos os povos em todos os tempos, para que a partir do Brasil, a semente do reino produza frutos de justiça em todas as nações. Que o testemunho a respeito dos empreendedores cristãos em nosso país seja este: "homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria" e que a partir destas prerrogativas, exerçamos nosso papel diaconal em nossas cidades.

 

Vamos juntos?

 


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