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Deus não trabalha sozinho

Deus não trabalha sozinho
Marcelo Souza
ago. 21 - 5 min de leitura
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Compreender o pano de fundo da narrativa bíblica é essencial para encontramos um caminho de convergência entre o que estamos desenvolvendo neste tempo, e o que de fato nascemos para ser e fazer. Pois isto define que tipo de projeto devemos abraçar.

Nesta série sobre A Espiritualidade do Trabalho vamos construir juntos esta visão geral da Bíblia, para entendermos como em uma sociedade pós-moderna, podemos trabalhar de maneira integral na missão de Deus em nosso cotidiano e em nossas relações.

Deus ama tudo o que faz, e tudo o que realiza está dentro de um processo progressivo de revelação e construção. Por isso, para respondermos de forma mais efetiva as demandas das pessoas da cidade em nosso tempo, precisamos de uma visão teísta sobre a arquitetura criativa de Deus, sua obra redentiva e santificadora, bem como, da jornada de consumação e glorificação de toda matéria criada.

Esta é uma dinâmica clara da maneira intencional de Deus agir. A partir de uma relação pactual, Deus criou uma legislação espiritual, seres espirituais e estruturas espirituais para que pudesse interagir com cada um dos seres criados.  A partir do que é invísivel, criou o que se vê: leis físicas, a matéria que dá forma a estruturas físicas e a humanidade. Tudo criado para que, Ele de maneira pessoal, se relacionasse com todos e todos se relacionassem entre si em integridade pactual

Pela confiança entendemos que o Universo foi criado pela Palavra pronunciada por Deus, de modo que aquilo que se vê não foi criado a partir dos fenômenos existentes. – Hb 11.2

 

Chaves para o futuro

Para compreender a dinâmica do processo criativo de Deus é preciso olhar para a beleza e a profundidade da sua relação com seu Filho, porque é ali, nesta relação primaria que tudo se sustenta e permanece para sempre. Deus trabalha com seu Filho, e o Filho trabalha com o Pai, em uma sinergia perfeita de ação e integridade de propósito.  Vemos que Deus em sua Soberania designou seu Filho Yeshua como o meio pelo qual Ele realizou todos os seus feitos criativos.

No passado, Deus falou muitas vezes e de vária maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas. Mas agora, nos últimos dias, ele nos falou por meio do seu Filho, a quem concedeu a propriedade de todas as coisas e por meio de quem criou o Universo. Este Filho é o resplendor da sua Glória, a expressão exata do seu ser”- Hb 1.2.

No Evangelho de João encontramos uma conversa intrigante e profunda de Yeshua com seus discípulos, e como esse dialogo definiria uma maneira de olhar para as obras que realizariam a partir daquele momento. Yeshua os ensina que na relação com Ele estava a origem, a centralidade e o propósito de cada ação realizada pelos ramos (discípulos), e que o produto desta relação não seria medida pela performance pessoal, mas pela permanência na relação com Ele.

“Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem permanece unido a mim, e eu com ele, dá muito fruto; porque sem mim vocês não podem fazer nada.” – Jo 15.5.

Em outro momento, quando os discípulos voltam de uma missão celebrando os resultados positivos de suas ações, Yeshua os exorta a mudarem sua perspectiva sobre a cultura de performance e sucesso. “Contudo não se alegrem porque os espíritos se submetem a vocês; alegrem-se porque seus nomes estão escritos no céu”- Lc 10.20. Eles apresentaram um relatório das realizações, convencidos e seduzidos pelo que viram acontecer, mas Yeshua os exortou sobre a importância de celebrarem a relação com Ele, reposicionando-os no que havia ensinado desde o inicio do processo do discipulado.

Este é a chave que gostaria de deixar para você neste momento, a obra criativa de Deus não é para revelar a perfomance empreendedora de Deus, mas para nos mostrar o produto da relação perfeita com seu Filho. Por isso, ao ver a obra de suas mãos realizada na pessoa de seu Filho, sua expressão foi: “tudo era muito bom”. Gn 1.31

No próximo artigo falaremos sobre a primeira fase do trabalho na terra: O processo criativo de Deus e como nós, no presente momento, podemos desenvolver estruturas de trabalho e empreendedorismo que estejam alicerçadas sobre os princípios imutáveis de Deus.


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